Amanhã pelas 17 hrs no Campus da Universidade Católica do Porto, a Raquel, vai lançar o livro "Renascer" e eu vou lá estar, como amiga e como testemunha desta caminhada que culmina amanhã.
Conhecemo-nos quando ela já espreitava do poço da depressão profunda que lhe tinha sido diagnosticada e procurou ajuda para ganhar as forças necessárias para terminar o pulo para fora do pesadelo.
Acontece na vida de uma terapeuta encontrar pacientes assim. Dos que nos ajudam a confiar, dos que mostram tanta garra e determinação que passam uma espécie de amuletos que a nossa memória utiliza quando precisamos recordar que vale a pena fazer o que fazemos.
Quando a sessão de aconselhamento astrológico aconteceu foi ainda mais evidente o quanto a depressão a tinha amarrotado e o quanto a Raquel procurava a saída. Mas não era só sair dali que ela pretendia, senti nela a vontade de usar tudo o que tinha sofrido como trampolim para se recontruir melhor e mais forte.
Por tudo isto, e porque a depressão é a epidemia do séc XXI e preciso acordar e olhá-la bem nos olhos , faço questão de estar lá, do lado da Raquel, para me recordar todos os segundos que vale a pena fazer o que faço :)
Voltarei aqui para vos falar de outra coisa que relembrei com este Renascer, é que , quer estejamos conscientes ou não, estamos sempre ligados e que tudo o que fazemos, por infimo que pareça, toca outras vidas.
E mal sabia eu que ao entregar à Raquel o convite para o lançamento do livro do Eduardo Leal "Como um rio" estava a tocar na vida dela e que ela acabaria por escolher um poema lido nessa noite para incluir no seu livro e para ser lido amanhã.
Como seria tudo tão diferente se acreditassemos mais no nosso poder de chegar aos outros, de lhes tocar ainda que levemente e de que até o toque mais leve e distraído pode desencadear uma sucessão de acontecimentos.
Obrigada Raquel, por estar no meu caminho e por tocar a minha vida!
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