18/11/10



“ Conhece-te a ti mesmo”


Larguem as mantas e afastem os aquecedores!


Hoje isto vai aquecer! É que chegamos à 5ª crónica, outra maneira de dizer, ao 5º signo do zodíaco, Leão, ou seja a casa do Sol.


Como já tendo sido habitual, começarei por contar o mito por trás do símbolo zodiacal.


E para este mito, viajamos até aos céus da Grécia que Apolo percorria todos os dias, de leste para oeste, num carro flamejante puxado por quatro corcéis, para levar luz e calor aos homens.


E facto importante e a não esquecer, como mencionado na crónica anterior, é o de Apolo ser irmão de Selene, a lua. Que é uma maneira de dizer que os dois princípios astrológicos, tal como quando se fala de irmãos, devem ser igualmente considerados, mas isso são contas de outro rosário em forma de texto, que há-de surgir mais lá para a frente.


Vamos lá saber um pouco da lenda de Apolo.


A primeira aventura que se lhe conhece, além das famosas atribulações pré natais, comuns a todos os deuses, tinha ele cerca de um ano de idade. Sempre precoces estes Deuses! Para livrar a mãe da sua inimiga, a serpente Píton, encurralou-a em Delfos onde a matou, usando a sua grande habilidade na arte do arco e flecha.


Foram lhe atribuídos diversos atributos, um deles o da adivinhação, por representar a luz que ilumina o caminho para a verdade. Na frase inscrita nos portões do Oráculo de Delfos, a ele dedicado em homenagem ao seu feito, “Conhece-te a ti mesmo”, poderíamos ler esse propósito de auto conhecimento que a Astrologia propõe. E é por isso, que a primeira coisa que astrologicamente, e lamentavelmente para muitos a única, que sabemos sobre nós próprios é a posição do Sol no nosso mapa.


Outro dos atributos do deus luminoso era o de criar doenças e pragas, assim como o de as curar.


Um das dádivas mais importantes de Apolo aos mortais, foi um dos seus filhos, parece que teve muitos, Esculápio (Asclépios para os Romanos).


Mais uma achega mitológica, à cura através da consciência e do auto conhecimento. No famoso santuário em Epidauro, um dos métodos terapêuticos utilizados era a música, outra dádiva e atributo de Apolo. Demonstração da evidência que hoje voltamos a admitir que a cura precisa alimentar a alma e não resumir-se somente ao aspecto físico.


Em conversa com a(o) vossa(o) astrólogas+o), analisando o vosso tema natal, para que possam cumprir a frase que dá título a este texto, ouvindo sobre o posicionamento por signo e por casa do vosso Sol, podem ficar a saber algo mais sobre o vosso propósito, sobre a vossa missão, enfim sobre as habilidades com que podem brindar os restantes mortais.


Para terminar, aqui fica uma oração egípcia a Rà, uma outra manifestação de Apolo ou Febos, escrita pelo faraó Akenathon.


Ó Rá,

Na alvorada abres todos os horizontes,
Cada mundo de vida que fizeste
É conquistado pelo teu amor.
Como a luz do dia segue a ti,


Ela anda em paz...

Tudo o que foi criado
Foi criado em teu coração:
A Terra, as pessoas sobre ela,
Os alados, os de quatro patas,
Os que nadam, todos...

Eu sou teu filho.
Na maior de todas as alvoradas,
Eleva-me!




























































1 comentário:

Susana Vitorino disse...

Querida Carmen! Amei!

Fiquei mais aquecida e relembrada do propósito deste Sol do Submundo. Esse, onde ninguém quer descer...

Grata por mais umas achas para a fogueira constante da aprendizagem*