13/02/11

o chefe de todos os deuses, sua excelência o senhor Júpiter...











Nunca imaginei que iria sentir saudades de escrever estas crónicas. Como é engraçado perceber que nos podemos surpreender tanto com nós próprios.
Este interregno, provocado pela época de frequências na faculdade, acabou por me revelar essa minha faceta que ainda não tinha descoberto: A que sofre profundamente escavando em busca de palavras que traduzam da melhor maneira tudo aquilo que lhe apetece dizer.
Espero que o Deus dos Deuses me perdoe o tempo que demorei a chegar a ele e não me fulmine com um raio vindo do Olimpo por esta longa pausa.
Por isso, procurei a sua indulgência e espero que ele se sinta honrado ao perceber que comecei a escrever esta crónica numa quinta-feira que é o dia que lhe é dedicado.

Vamos então entrar na fabulosa história de vida de Júpiter, chefe de todos os deuses do Olimpo.
E começamos por ficar a saber que a sua ascensão a esta posição não foi nada tranquila, como aliás já era hábito daquela altura. As transições de poder eram coisa muito séria e a exigir reunião de apoios importantes.
Nesse tempo, Saturno governava o Olimpo como senhor absoluto mas foi avisado que seria afastado do trono por um filho por si gerado.
Então, decidindo não correr riscos de perder a sua poderosa posição, tomou a belíssima e radical decisão de comer todos os seus filhos logo à nascença.
Reia, a sua esposa, que já se sentia um pouco cansada de ver os seus filhos entregues a este triste destino, decidiu pregar-lhe uma partida. Em vez de lhe entregar Júpiter, enrolou uma pedra num tecido e Saturno, convencido de que assim continuava livre de perigo, continuou o seu rigoroso e firme governo.
Assim que Júpiter se viu crescido e apoiado no conselho de Métis, a Prudência, enfrentou o seu pai dando-lhe uma beberagem que o fez vomitar os seu filhos anteriormente deglutidos. Por favor, não se percam muito a imaginar esta imagem, porque estou certa que nos casos dos deuses este ato não é tão desagradável como no caso dos humanos.
Depois de assumir o comando do Olimpo, Júpiter casou com Juno, sua irmã e como sempre acontece nestes casos de Deuses, sim só no caso de Deuses, porque estas coisas não são comuns entre mortais, fartou-se de dar arrelias envolvendo-se, umas vezes mais romanticamente, outras mais de passagem, quer com mortais quer com deusas.
Destas aventuras teve muitos filhos, entre os quais os mais conhecidos viriam a ser Vénus e Marte que não deixariam, também eles, de ser protagonistas de histórias igualmente atribuladas.
Há um outro filho muito famoso – Baco - que foi tema preferido de muitos artistas inspirando muitas obras. E o seu nascimento tem uma história engraçada, cheia de mensagens subliminares. Por mim acho bom estar atenta e ler com atenção:
Júpiter, o nosso herói, quando queria um passar um bom tempo envolvido com belas mortais tinha por hábito assumir formas engraçadas, ouve-se dizer que chegou a aparecer como um touro branco e uma outra vez como um belo e gracioso cisne.
Num desses encontros sob disfarce encontrou a bela Sémele que acabou por conceber um filho dessa relação. Esta ingénua mortal quando soube que estava grávida, achou que isso lhe dava o direito de conhecer o pai do seu filho na sua forma original.
Cansado de a dissuadir (mesmo os Deuses se cansam de tentar mudar a determinação de uma mulher, seja ela mortal ou deusa), acabou por aceder ao seu pedido.
Lembrando-nos que nem sempre saber toda a verdade é a melhor opção, conta-se que ao vê-lo em toda a sua glória, Sémele caiu fulminada com um raio.
Ficou claro? Antes de querer saber tudo, veja bem se é capaz de aguentar…
Bem, como já sabemos da crónica anterior, Júpiter que representa a generosidade, dividiu o reino com os seus irmãos Neptuno a quem destinou o reino dos Mares, tendo entregue a Plutão o reino dos Mortos.
Apesar das suas brincadeiras com mortais e deusas, como governante era piedoso e protector com os fracos e tentava sempre ser justo, mas podia ser muito mauzinho quando via a sua autoridade questionada.
Traduzindo para a questão do Júpiter astrológico, e conhecendo a sua posição no seu tema natal, ficará a saber em que área da sua vida pode desfrutar da sua protecção, já que é denominado o Grande Benéfico.
Também ficará a saber onde pode mais facilmente cair no exagero de querer tudo, por isso, não se esqueça de questionar sobre a casa astrológica em que ele habita no seu caso, quando estiver frente a frente com alguém habilitado a fazer essa leitura.
Fique também a saber por onde ele se passeia agora no seu mapa e que diálogo está ele tendo com os outros planetas. Isso pode ser muito útil para saber em que áreas pode encontrar o apoio e suporte necessário para enfrentar os desafios e onde as oportunidades serão mais compensadoras.
Como todos os Deuses e mais este, que é o chefe deles todos, necessita ser respeitado e honrado. Respeite a suas exigências e vai perceber quão maior pode ser o seu reino.
Que Júpiter em Carneiro vos proteja até que nos encontremos de novo!

3 comentários:

Susana Vitorino disse...

JUST LOVE IT!

Tomas de Alencar disse...

parabéns pelo texto...

Su disse...

Não sei se pelas tuas letras, se pelo destino... gosto de Júpiter!!
Escreves como TU.
Beijinho : )
Su